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terça-feira, 2 de julho de 2013

Lisandra Parede encarna personagem com transtorno psicológico em Chiquititas

Atriz tem conversado com pessoas que sofrem do mesmo distúrbio



Lisandra Parede sempre se empolgou ao pesquisar sobre o universo de suas personagens. Mas assume que agora isso tem uma importância ainda maior na pele da metódica Maria Cecília, de Chiquititas. No remake, que o SBT estreia dia 15 de julho, a jovem é uma gerente de café que desenvolve transtorno obsessivo-compulsivo em função de um desequilíbrio psicológico.

"Já estou conversando com pessoas que vivem ou que passaram por situação semelhante. Também tenho lido bastante a respeito desse problema. No ar, é algo que só vai aparecer mais para frente, mas gravamos com muita antecedência", explica. 

Maria Cecília ocupa também um posto de destaque na adaptação de Íris Abravanel. É ela a antagonista da mocinha Carol, vivida por Manuela do Monte, que dirige o orfanato que ambienta a trama principal. Isso porque Carol conhece o centrado Jnior, papel de Guilherme Boury, por quem se apaixona. E passa a disputar a atenção do rapaz com Maria Cecília, com quem ele trabalha.

"Como é um universo mais lúdico, por ser uma história infantil, tudo vai ser tratado com um tom diferente do que a gente costuma ver nas novelas. É uma trama que tem até toques de humor", adianta. 

Trabalhar em um projeto segmentado não é novidade para a atriz. Seu último personagem na tevê foi a falida Débora, da versão nacional de Rebelde, produzida pela Record entre 2011 e 2012. Quando a novela começou, a personagem era uma garota interesseira que buscava encontrar um marido rico. E, com a ajuda de uma tia com mais experiência em armações, se fazia passar por estagiária de Psicologia do fictício Elite Way, colégio que ambientava a maior parte da trama. Mas sua aceitação foi tamanha que os rumos mudaram, transformando a jovem em um dos vértices do núcleo cômico formado pelos funcionários da escola.

"Foi um desvio bem proveitoso. Nunca tinha feito comédia e consegui me distanciar bem de tudo que já tinha interpretado até então", avalia Lisandra, que estreou na tevê protagonizando Amigas & Rivais, do SBT, e integrou ainda o elenco de Chamas da Vida, na Record, no papel de uma integrante de gangue que, no meio da história, se transformava em uma psicótica. 

Mesmo com a repercussão positiva em relação à personagem, o enxugamento do elenco da Record fez com que, na época, contra a vontade da autora Margareth Boury, o contrato da jovem não fosse renovado. O que ocasionou sua saída em março, sete meses antes do término da novela. Depois de três anos vivendo no Rio, Lisandra decidiu, então, voltar para São Paulo.

"Para atores, o mercado paulista é melhor. Além de televisão, temos muitas produções de teatro, cinema e testes de publicidade. E minha família mora aqui, isso também pesou bem", conta ela, que foi chamada para os testes de Chiquititas em novembro e recebeu a resposta positiva já em dezembro. 

A julgar pelo que recebeu de texto o elenco já grava cenas de capítulos que só vão ao ar no terceiro mês de exibição da trama –, Lisandra não deve participar da parte musical de Chiquititas. Mas como a meta da direção é contar com uma média de três clipes para cada dez capítulos, é possível que, em algum momento, a atriz tenha de soltar a voz. Uma novidade que Lisandra transparece ser de seu interesse, apesar de não ter qualquer experiência profissional com a música.

"Já fiz aulas de canto porque achava que era importante. Então, se for preciso, eu encaro. O bom mesmo é a gente dar passos novos. Mas é claro que vai rolar uma preparação antes se isso for mesmo cogitado", avisa. 

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