Lisandra Parede
sempre se empolgou ao pesquisar sobre o universo de suas personagens.
Mas assume que agora isso tem uma importância ainda maior na pele da
metódica Maria Cecília, de Chiquititas. No remake, que o SBT estreia dia
15 de julho, a jovem é uma gerente de café que desenvolve transtorno
obsessivo-compulsivo em função de um desequilíbrio psicológico.
"Já estou
conversando com pessoas que vivem ou que passaram por situação
semelhante. Também tenho lido bastante a respeito desse problema. No ar,
é algo que só vai aparecer mais para frente, mas gravamos com muita
antecedência", explica.
Maria Cecília
ocupa também um posto de destaque na adaptação de Íris Abravanel. É ela a
antagonista da mocinha Carol, vivida por Manuela do Monte, que dirige o
orfanato que ambienta a trama principal. Isso porque Carol conhece o
centrado Jnior, papel de Guilherme Boury, por quem se apaixona. E passa a
disputar a atenção do rapaz com Maria Cecília, com quem ele trabalha.
"Como é um
universo mais lúdico, por ser uma história infantil, tudo vai ser
tratado com um tom diferente do que a gente costuma ver nas novelas. É
uma trama que tem até toques de humor", adianta.
Trabalhar em um
projeto segmentado não é novidade para a atriz. Seu último personagem
na tevê foi a falida Débora, da versão nacional de Rebelde, produzida
pela Record entre 2011 e 2012. Quando a novela começou, a personagem era
uma garota interesseira que buscava encontrar um marido rico. E, com a
ajuda de uma tia com mais experiência em armações, se fazia passar por
estagiária de Psicologia do fictício Elite Way, colégio que ambientava a
maior parte da trama. Mas sua aceitação foi tamanha que os rumos
mudaram, transformando a jovem em um dos vértices do núcleo cômico
formado pelos funcionários da escola.
"Foi um desvio
bem proveitoso. Nunca tinha feito comédia e consegui me distanciar bem
de tudo que já tinha interpretado até então", avalia Lisandra, que
estreou na tevê protagonizando Amigas & Rivais, do SBT, e integrou
ainda o elenco de Chamas da Vida, na Record, no papel de uma integrante
de gangue que, no meio da história, se transformava em uma psicótica.
Mesmo com a
repercussão positiva em relação à personagem, o enxugamento do elenco da
Record fez com que, na época, contra a vontade da autora Margareth
Boury, o contrato da jovem não fosse renovado. O que ocasionou sua saída
em março, sete meses antes do término da novela. Depois de três anos
vivendo no Rio, Lisandra decidiu, então, voltar para São Paulo.
"Para atores, o
mercado paulista é melhor. Além de televisão, temos muitas produções de
teatro, cinema e testes de publicidade. E minha família mora aqui, isso
também pesou bem", conta ela, que foi chamada para os testes de
Chiquititas em novembro e recebeu a resposta positiva já em dezembro.
A julgar pelo
que recebeu de texto o elenco já grava cenas de capítulos que só vão ao
ar no terceiro mês de exibição da trama –, Lisandra não deve participar
da parte musical de Chiquititas. Mas como a meta da direção é contar com
uma média de três clipes para cada dez capítulos, é possível que, em
algum momento, a atriz tenha de soltar a voz. Uma novidade que Lisandra
transparece ser de seu interesse, apesar de não ter qualquer experiência
profissional com a música.
"Já fiz aulas
de canto porque achava que era importante. Então, se for preciso, eu
encaro. O bom mesmo é a gente dar passos novos. Mas é claro que vai
rolar uma preparação antes se isso for mesmo cogitado", avisa.
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